Os formandos do curso bacharelado em Ciência e Tecnologia do campus de Angicos,
da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, finalizaram a primeira etapa rumo
à profissionalização em engenharia. Depois de três anos dedicados aos livros,
pesquisas e muito estudo, a certeza que a jornada ainda não acabou se faz
presente entre os 46 concluintes do BCT. Para os formandos, a solenidade de
formatura representou a conclusão de uma jornada rumo ao maior desafio: se
tornar engenheiro.
Os novos bacharéis vão retomar a vida acadêmica já a partir do
próximo dia 6 de maio na própria Ufersa. Dos 46 formandos, 18 deles vão
permanecer em Angicos para cursar Engenharia Civil. Os demais vão para Mossoró
tendo como opção as engenharias: Energia, Mecânica, Química, Petróleo,
Produção, Civil e, Agrícola e Ambiental.
Presidida pelo reitor da
Ufersa, professor José de Arimatea de Matos, a colação de grau lotou o
auditório do campus Angicos. Familiares e amigos fizeram questão de testemunhar
importante passo na vida dos 46 formandos. O concluinte João Emanoel Araújo Marciano,
orador oficial das duas turmas, fez um discurso emocionado. “Esse momento é de
celebração e conquista, de uma jornada longa e de muitos percalços”, frisou,
ressaltando as inúmeras dificuldades enfrentadas no decorrer da jornada.
Consciente da conquista e da importância dos conteúdos aprendidos
nos bancos da universidade, o orador João Emanoel, agradeceu principalmente aos
pais pela conquista, não esquecendo a colaboração dos professores, amigos e
familiares que “não deixaram faltar ânimo nessa jornada”.
Inspirado, João Emanoel citou Paulo Freire para resumir a gratidão
dos formandos: “Ninguém liberta ninguém. As pessoas se libertam em comunhão”.
Aos colegas, João Emanoel deixou o recado para “jamais deixarem de caminhar
olhando o horizonte dos sonhos”, e desejou que os elos de amizades adquiridos
na universidade se intensifiquem na caminhada ao futuro.
A paraninfa das duas turmas, a professora do Educandário Padre
Félix, instituição que abrigou os estudantes antes da construção do campus,
trouxe para os formando a reflexão: “Será que valeu a pena?”, fazendo com que
cada concluinte, resgatasse a sua história de vida escolar, culminando com
certeza de que “muito valeu a pena”. Na ocasião, os estudantes Tales Paulino
Ginani, C&T Diuro, e Felipe Emanoel Barbosa Ferreira, C&T Noturno,
foram homenageados pelo rendimento acadêmico.
NOVIDADES – Antes de encerrar
a solenidade, o reitor da Ufersa, professor José de Arimatea, expressou a
emoção dele ao conceder colação de grau a mais duas turmas da Ufersa Angicos.
“Quero aqui parabenizar aos concluintes e aos pais também pela grande conquista
que é a conclusão do curso superior e o ingresso em uma das nove engenharias
oferecidas pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido”, expressou. O reitor
ressaltou ainda a importância da Ufersa, uma obra do governo Lula, para a
região do Sertão Central.
Aos concluintes, o professor José de Arimatea afirmou que a
primeira etapa foi cumprida, faltando mais duas: a conclusão da engenharia e o
ingresso mercado de trabalho. Para os que vão permanecer em Angicos deu boas
notícias como a construção do restaurante universitário e vila acadêmica, além
da aquisição do ônibus para o transporte dos estudantes.
FORMANDOS – Natural de Afonso
Bezerra, o concluinte Izaac Paulo da Costa Braga, tem a consciência da
importância da solenidade de formatura. “Para mim é um grande dia”, expressou o
bacharel que tem a sua vaga assegurada no curso de Engenharia de Produção da
Ufersa Mossoró. Izaac Paulo aproveitou para elogiar a equipe de docentes da
Ufersa Angicos que é para ele o grande diferencial do campus. “Aqui encontrei
professores muito bem preparados e dedicados para a melhoria da Universidade”,
opinou.
Para a concluinte assuense, Tatianny Luadna Alves Bezerra, o
momento é inesquecível, não apenas pelo encerramento de uma etapa, mas também
pela conquista de um diploma obtido com muito esforço. “Tenho a convicção que
no próximo mês retornaremos à universidade e para quem não mora na cidade tudo
fica um pouco mais difícil, mesmo assim, é um esforço válido para quem deseja
um futuro profissional promissor”, afirmou a futura acadêmica de Engenharia de
Produção.
“É a primeira etapa de um sonho que se realiza”, afirmou o
concluinte Manoel Jobson Costa da Silva, que dará continuidade aos estudos
cursando Engenharia Civil, em Angicos. “Temos muito a agradecer pela
universidade na nossa região, pois sabemos que a maioria dos que se forma hoje
não teria condições para cursar o ensino superior nos grandes centros”, opinou.
Para Jobson, a dedicação e a disponibilidade dos professores são diferenciais
na Ufersa Angicos.
O sonho de cursar a universidade aumentou consideravelmente com a
instalação da Ufersa Angicos. Pelo menos, para o concluinte angicano, Marcos
Antônio de Araújo da Costa, e futuro acadêmico de Engenharia Civil. Marcos
reconhece a importância da Universidade para Angicos. “Representa
desenvolvimento não apenas para a cidade, como também para toda a região”, considerou.
O estudante só alimenta que os gestores locais não estão investindo no ensino
básico e médio, o que dificulta a entrada dos estudantes da região na Ufersa.
“O ensino é frágil daí poucos ingressam, o que é uma pena, pois temos uma
universidade gratuita e de qualidade na nossa cidade”, afirmou.
O concluinte de Afonso Bezerra, cidade vizinha a Angicos,
Edivanilson Jackson da Silva, também reconhece a importância da Ufersa para a
região. “Representa mais acessibilidade no ingresso e na conclusão do curso”,
opinou. Segundo ele, que também tem uma irmã cursando BCT, dificilmente a
família dele teria essa conquista se não fosse à existência da Ufersa Angicos.
“A universidade representa para mim e minha família uma grande vitória”, opinou
o futuro graduando de Engenharia Civil.
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