O presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta terça-feira
(3), que a Mesa Diretora decidiu, por unanimidade, revogar o ato que concedia o
pagamento de passagens aéreas a cônjuges de deputados. O benefício só será
garantido em situações excepcionais, conforme o caso.
Cunha admitiu
que a pressão da opinião pública levou ao recuo da medida aprovada na semana
passada. Segundo ele, a Casa quer atuar em “sintonia” com a sociedade. “Temos
de ter sempre a humildade de andar em consonância com as versões que chegam à
opinião pública. Houve um entendimento equivocado, se cristalizou uma versão de
um princípio de um benefício, de uma regalia, que não era o caso”, afirmou.
Com a
revogação, volta a valer a proibição de pagamento de passagens para cônjuges em
vigor desde 2009. Na ocasião, foi revelado que deputados e senadores usavam
recursos do Congresso para pagar passagens para amigos e familiares viajarem no
Brasil e no exterior, caso que ficou conhecido como “farra das passagens”.
Desde então, apenas parlamentares e assessores têm o benefício para viagens
oficiais.
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